Em Outubro, com o Gilson,o Carlos e o Ruben tinhamos feito de Setúbal a Fátima , um percurso por estrada e pela margem sul do tejo,( setubal fatima 2013 ) organizado pelos Bombeiros Sapadores de Setubal em que o convívio e a boa disposição foi a nota dominante.
Este fim de semana fui eu e o meu mano, e para simplificar a descrição, depois de a minha tia ter prometido que a família se juntava toda em Fátima, eu disse OK mas eu vou de bike :-)
Consegui trazer o meu mano comigo e garanto que é muito melhor que ir de carro...a viagem é em si mesmo o principal, o destino é acessório. Para mim, mais importante do que ir acender uma vela da promessa, ou assistir a uma missa num grandioso santuário, é o caminho que importa, a paz de espírito, o sossego interior, os momentos de reflexão, a natureza, o convívio e a alegria de partilhar estes momentos de esforço, mas também de muita felicidade.
Obrigado mano por teres partilhado comigo este caminho...
O inicio foi na sala de jantar da casa dos meus pais...era para sairmos cedo e acabamos por sair as 8:45, com uma hora de atraso.
Na escolha do percurso e como não temos GPS optamos por descarregar um mapa em pdf daqui:mapa
Arrancamos em direção a Alverca pela estrada nacional, liguei o Sports Tracker e até berrar no meio das lezirias foi este o percurso:
a ciclopista de Alhandra é um sitio muito agradavel para iniciar...
Vila Franca de Xira a primeira surpresa, encontramos um grupo de quatro bttistas que também iam para Fatima, com a diferença de terem as mulheres á espera no santuário as 19h, fomos juntos meia duzia de kms mas comparativamente iam mais leves e sem carga nas burras, tinham um andamento muito rápido, e a albarda da burra do meu mano estava a dar problemas, tivemos de parar para arranjar e nunca mais os vimos.
As burras carregadas até as orelhas, atrapalhavam o gingar, alem disso o meu banco e o respetivo suporte insistiam em ir descendo até tocar no pneu :-(
A partir deste canal do Tejo é que se entra na verdadeira leziria ribatejana, desde tratores em doses industriais, até aerodromos no meio de nenhures, foram algumas as surpresas. O cheiro a terra lavrada trouxe à memória recordações antigas...
Mesmo no meio de nenhures havia sempre uma indicação de qual o caminho escolher, a amarelo ou a azul. Era só seguir as setas, com a vantagem de a maioria do caminho ser em estradas de terra batida, ou alcatrão com muito pouco movimento,
Após os 60 km de leziria, o primeiro desafio, o calor a apertar e a subida para Santarem
O ar esbaforido já chamava pelo almoço, tinhamos visto na net que a taberna do quinzena prometia, mas não sabiamos onde era...:-(
O ar de felicidade ...por ter parado e por termos dado com o sitio sem nos perdermos. Estavamos a preparar a coisa para amarrar as bikes ás argolas mas o homem da tasca arranjou garagem privativa para as burras...um luxo.
O vinho sai diretamente do pipo que está ao nosso lado...um perigo se forem com muita sede :-)
A ementa da tasca...estava impecável, quer a decoração quer a qualidade da comida. O preço...é melhor não comerem as sobremesas...:-)
Estas pérolas destes nomes só numa viagem destas ....Onde moras? Eu sou de Filhós....de abóbora...:-)
Quando se chega à montanha, temos de desmontar e empurrar, neste caminho que me recorde desmontamos duas vezes, aqui apanhei o mano na fase do empurra....
Os telemóveis e o GPS do telemóvel não servem mesmo para nada, olhar para as setas dos caminhos do peregrino é a solução...
E por fim a chegada, à nossa espera estava toda a família do lado da minha mãe, as minhas tias e os meus primos. Um alegre pic-nic à moda antiga, com manta no chão, pasteis de bacalhau umas cervejolas e muito convivio. Bem haja a todos e nunca se esqueçam..
Sejam felizes!
É deveras um previlégio ter um irmão como Tu... Um.abraço Mano. Iremos de certeza repetir....
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